Curar

Curei-te com chocolates, pintarolas, biscoitos e bolachas. Tudo!
Um coração de algodão doce só para ti.

Curei-te com chocolates, pintarolas, biscoitos e bolachas. Tudo!
Um coração de algodão doce só para ti.

Acordo triste. A televisão coloca-me na sala milhares de gémeos dos horrores que também vivi. A Guerra torna-nos iguais. Pouco importa quando e onde aconteceu. Se foi em África ou se é na Ucrânia. Para os que sobrevivem o resultado é uma ferida aberta sem previsão de cicatriz.

As dúvidas e a curiosidade são assim como feijões. Se as marinarmos no caldo da impaciência incham e engordam.

Vamos jogar?
Pensa num verbo. Sim, um verbo! Pensa num, em segredo.
De olhos fechados.
Pálpebras cerradas qual cofre-forte de todos os teus haveres e seres.

Que atrevimento! Quanta loucura! Como esperar que me seja oferecido o que de mais precioso possuis? O tempo! Sim, o tempo. Que mais poderia ser? (...)